A produção arquitetônica dos Irmãos Roberto me acompanham desde a infância. Muitos dos prédios que fizeram parte da minha vivência eram assinados pelo escritório.
Me lembro com nitidez em visitar a ABI com meu avô Heitor Pasquinelli, jornalista e então conselheiro daquela Associação. Outros prédios também fazem parte da memória viva, não há como esquecer o Hall do Santos Dumont, a rampa descendente do Marquês de Herval e a elegância do tratamento do IRB. Também o Residencial Júlio Barros Barreto, em Botafogo, trajeto e parada do ônibus que me levava todos os dias ao Colégio Santo Inácio. Mas o presente vem da convivência familiar na casa de um amigo de infância: número 296 do Parque Guinle. São essas coisas que agregam a sensação de pertencimento ao Rio, à vida e a minha história pessoal.
Ainda estudante do 9º período, fui trabalhar no M.Roberto Arquitetos, entrevista com Dr. Maurício. De quinze dias de estágio, trabalhei seis anos. Um orgulho imenso de ter a oportunidade de fazer parte daquela equipe, do aprendizado, respeito e amizade de todos. Aprendi com todos, mestre Antônio, Valdemar, Francisco, Sérgio, Munira e Claudio Roberto. Mas, especialmente com o Dr. Maurício Roberto, Márcio Roberto e Ellida Engert Moralles. Me lembro dos projetos desenvolvidos e do quanto foi importante aquela passagem para a o meu desenvolvimento e capacitação profissional.
Nessa semana assisti ao Documentário dos “Irmãos Roberto”. Como um dos muitos dos arquitetos que tiveram a sorte e a oportunidade de fazer parte daquela história, me orgulho de fazer parte da linhagem M. Roberto.
Vitória, 08/05/2014